Aos trancos e barrancos vou seguindo...
Pois espaços necessitam de meus passos
e estes não podem ser contidos...
Seguir não impedem os tropeços,
nem calos nos pés andarilhos...
Nem as dores das quedas nos machucados,
expostos no corpo exaurido!
E as d'alma que trago em segredo comigo!
As mãos que escondem lágrimas entre dedos,
estas que tem marcas de espinhos,
são as mesmas que petálas de esperanças
acariciam...
Estas sempre nascem, no terreno árido
de corações doridos!
Sigo!
No fim os trancos são impulsos
para novo movimento!
Os barrancos, apoios para o corpo ressentido,
noutros momentos são degraus
para os próximos passos...
Pois sempre existem novos espaços
a serem preenchidos!
Estou vivo!
E viver é tudo!
Alegrias e prantos...
Sucessos e fracassos...
Ditados pela sorte ou pelo destino,
me pergunto!
Quase nunca pelo acaso, suspeito comigo!
Mas quase sempre por se cruzar os braços,
creio cá em meu intimo!