Cida
Por mais que eu ti olhe,
Observe, eu não ti defino.
Pois és linda, bela, altiva,
Pois em tudo suplanta, pois...
És sem dúvida...
Cida, Cida, Cida, Cida...
Eu aqui e agora,
Para o mundo ora olho,
E uma lágrima afoita
Por minha face rola...
E caminha, caminha pela aquela mesma face,
Cujos olhos tentam sua figura recordar...
Já faz quase dois anos...
Há estes versos e quase dois anos,
E naquela época eu ti escrevi:...
Com muita imaginação escrevi estas linhas,
Mas advirto, quem sabe algo me veio,
Veio-me lá do fundo, do fundo de meu coração.
E quem sabe no dia que isto escrevi,
Minha face estava lúcida,
Mas também a espelhar toda a sua falta,
A falta que você ainda me traz,
Mas agora uma amplidão de coisas nos separa,
E dizer-te que naquele tempo você me era cara,
E que eu repetia seu nome, sempre, sempre,
Não ia adiantar nada, nada...
Oh! Cida, Cida, Cida...
01/01/1979
Edvaldo Rosa
Enviado por Edvaldo Rosa em 22/10/2005