Tranque as portas de seu peito,
não esqueça das janelas...
Mas cuida das frestas nas paredes
para que eu não te penetre
corpo adentro...
Nem á tua alma um acesso eu encontre!
Solitária noite adentro,
a revelia do dia amanhecendo,
faça que não nota
todo o meu esforço em construir caminhos,
por onde encontrar-te!
Pontes para que cruzemos sobre nossos abismos,
ninho, onde possamos descansar!
Tranque-se... Se é isso que te conforta!
Mas antes de fechar as portas
deixe-me estar com você!
Estar frente a frente com sua cela,
sem poder te tocar, sentir
é morte...
Um futuro que não me consola!
Mas tudo depende de você!
Só de você, agora...
Edvaldo Rosa
29/07/2007