No tempo em curso há irmãos que caminham pari-passo conosco, perdidos... Crianças conosco se chocando nas esquinas da vida, a procura de um naco de pão uma ajuda um abrigo! Velhos que morrem em filas e filas de novos homens á procura de sustentação! No tempo que corre rumo a consumação os sentimentos vivem perdidos, escondidos em cantos obscuros do coração! As mãos já não estão estendidas... Os abraços veem-se recolhidos... Temos medo até da própria sombra, e assombra-nos cada pessoa estranha que nosso olhar espreita nas esquinas... A nos espreitar! È tudo répudio e abandono! Estamos sozinhos, cercados por solidão por todos os lados... Somos homens feito ilhas... Cercados por outros homens ilhados! Quero abandonar meus medos, minhas sismas... Abrir sorrisos a todos os passantes que passam comigo esta vida! Mas estão tão a flor da pele meus medos... Que só faço chorar! Estão tão á flor da pele minhas sismas que só faço sismar! E recolho meus braços, recolho meus sorrisos... Que passo a repudiar meus sonhos... Mas meus sonhos não querem se calar... Repudiemos tanta solidão, todo o medo! Abramos o coração, escancaremos a alma,com calma, com amor á vida! E esperança! Repudiemos as mordaças, as correntes, os medos e desesperanças... Para que assim tenhamos futuro... E possamos dá-lo pros nossos velhos, antes que morram, pros nossos jovens antes que virem bandidos, pras nossas crianças, nossos filhos, antes que virem orfãos ou nos semáforos, mendingos!