A minha última poesia nem sei se já a fiz... Nem se ela esta atrelada as dores que estão em mim, nem nos tropeços na estrada nas pegadas que somem levadas pelos ventos que acompanham sorateiramente a mim... Não sei se a última palavra foi dada, se houve o bater do martelo, minha sentença foi julgada e devo parar... Pena sob o braço sem abraços, cumprimentos e afetos exilar-me de mim num silêncio pétreo! E deixar-me assim esvair... Não sei se minha poesia é dependente daqueles que se tornaram desafetos! Não sei e em não saber me calo! Tenho ainda esperanças que das flores ainda colha suas pétalas... E que as marcas de espinhos sejam lembranças outras que eu nem me lembre num futuro próximo! Nem sei se já fiz meu último verso e por não saber eu me calo! E no silêncio da espera, espero que isto seja uma gravidez de um futuro e belo feto! Não sei... E nada sabendo espero que tudo que sinto seja tão apenas uma tensão pré-parto!