Como amo a desordem em nosso leito... Amo todo e tanto o seu desalinho! É prova que nele, nos abraçamos, que dele fizemos nosso ninho!
Quando toda a colcha, tiver alinhado o seu linho será prova inconteste de que ali estive sozinho!
Pois meu leito sem ti minha amada é deserto sem água e sol a pino e nele vago sem parada com os sentidos enlouquecidos...
Talvez uma gota de lágrima nele se aninhe, última lágrima antes do sono sozinho... Sem sonhos, esperanças e mais nada!
Somente tú em meu leito amada, é promessa de um venturoso dia, duma tarde morna e perfumada, duma noite de sonhos e desejos... Onde o brilho de seus olhos, brilhará mais que as estrelas no céu cravadas!