Retiro-me para bem dentro de mim, tabernáculo de incertezas e mistérios, a fim de encontrar-me comigo mesmo... Não saber o que em mim te facina me assusta e angustia! Não saber o que em mim te contenta, o que em mim te baste, traz á minha alma, coração e mente, sofrimento, dor e desgaste! Retiro-me da estrada que trilhamos, paro o passo que pari-passo enveredamos, para reencontar-me... Para olhar-te enquanto caminhas, a ver-te por um outro ângulo! Quem sabe ver-te d'outra forma, não me faça ver-me como me vês? E assim redescoberto, baste para saber o que em mim tú amas! Ou se amas em mim apenas o que tú queres e não o que sou, apenas o que tú és... Mesmo com medo, de não ser a vela, que te alimente o fogo em tuas chamas, é preciso saber... O que sou, o que somos... Cada instante que perdemos nas brigas, nas rusgas, nos desentendimentos são preciosos momentos que não voltarão nunca mais... Rogo que não seja mera ilusão e engano, este amor que profeçamos, que agora nem é alegria, nem é paz!