Meu coração de poeta é terra dividida, entre os seres desta vida que quiseram e puderam nele se alojar! Neste coração sem medida, fazem moradia as pessoas queridas que souberam a ele cativar! Este coração de poeta é morada florida, de portas abertas e janelas escancaradas, com crianças nas varandas... É como deveriam ser todas as moradias... Este coração de poeta tem um quê de infância ainda, pois não tem medo de amar... Meu coração de poeta não tem grades nem cercas, pois não quer a ninguem cercear! Meu coração de poeta esta cheio de cantos de pássaros, e outros encantos tantos e em demasia, que beira a fantasias, a sonhos pra sonhar! Pois em meu coração de poeta pulsa vida, vibram alegrias... E como ar que lhe anime, tem na poesia a razão de seu respirar! Meu coração de poeta em contra-partida tem aos que lhe ferem um quê de ancião de longa vida: Tenta sempre entender as causas das feridas, o por quê das pedradas desferidas, a pedir desculpas pelos próprios erros, meu coração de poeta tenta aos outros desculpar! Sabendo bem como é breve o tempo desta vida, sabe da inutilidade das contendas, assim d'umas furta-se e outras apazigüa!