Quem falaria da alegria nas lágrimas vertidas, Quem desconfiaria de sorrisos vagos, Quem desfraldaria os mil véus d’um olhar? O sabor dos beijos, em lábios carmins, não seria tão doce... E abraços disfarçariam bem mais, o gosto amargo, disfarçados em si! Quem ouviria a voz do vento? Quem dançaria no silêncio? Quem desdobraria o curso do tempo, Dentro de seu ser? / Dentro de mim? Não existissem os poetas, As palavras seriam coisas... E não asas... E não sentimentos... E não eternização de momentos, Que sem o poeta teria começo, teria fim!