A Rosa em minha boca,
trouxe aos meus lábios a sensação de ti,
detendo a beleza da rosa, entre os dedos...
Como queria que fosse,
a sensação de que detinhas a mim! "Edvaldo não comas a Rosa, " pra mim minha conciência grita estrondosamente... "Ela não é de comer, " repetia sem fim...
Mas eu a detinha entre os dentes,
crentes que mordiscava a ti! "Embora pareça gostosa, " eu sabia que não tinha o gosto de seus lábios... "Tem espinhos, pode morder!... " Mas não tanto quanto sua indiferença,
que sem pudor e sem medo,
fez troça de meus sentimentos
e de minhas rosas,
lançando-as ao vento...
Cravou assim, tuas garras em meu peito,
deixando-me apenas a loucura,
dum amor que não se realizando,
é apenas ilusão...
Tanto quanto a rosa em meus lábios...
E a gota de sangue em meus dedos...
A lavar o perfume da rosa de minhas mãos!