Meu Deus, o que eu fiz? Tocam meus dedos trêmulos, Nesta folha, outrora tão branca, puro giz, Sulcos profundos que sangram... Palavras soltas á esmo, sob o calor do momento, - Que mesmo com um não querendo, Machucam, queimam como um ato contiguo á solidão, ao medo... -E quanto falam... - Pelos cotovelos, desfraldando meus segredos... Mais uma poesia de desespero? – Nem tanto, nem menos... Mas, sim um espelho, que equilibra-se em inseguros dedos, A refletir minha face... Olhos embaçados... Sonhos desfeitos... -Um espelho, que se cair ao chão não estilhaça... Pois mostra uma sensação que não passa, Nem sofre a ação do tempo!