ANTECIPANDO A COMEMORAÇÃO DO DIA DOS PAIS...
Antecipando a comemoração do Dia dos pais...
Estaremos comemorando o dia dos pais em poucos dias, e neste mister, venho fazer as minhas considerações...
Em meu pensamento despontam duas perguntas, e a primeira é; qual pai queremos, e qual o pai que realmente temos junto á nós?
Penso que o querer trás consigo uma grande gama de possibilidades, que ora tocam a realidade e ora o sonho... Querer às vezes é mais irreal do que parece!
E o ter é muitas vezes frustrante, por não contemplar as nossas expectativas.
Assim, incorporo aqui a segunda pergunta que me ocorreu, que filhos somos?
Nos dias que correm, os papéis masculinos sofreram transformações sutis e transformações radicais... Das sutis penso no comportamento que os homens devem ter dentro do lar, que não raro conflitam com o que é esperado em outras esferas da sociedade!
Das transformações radicais penso na crescente presença feminina em atividades até a pouco tempo estritamente masculinas.
Dentre as diversas camadas sociais existem diversos entendimentos e vivências quanto a este assunto, e enquanto nas camadas com mais estudo e poder econômico estas transformações parecem mais aceitas, e incorporadas, nas camadas onde o poder econômico é baixo e o acesso á cultura é complicado, temos a presença de problemas de complicada solução.
O pai que temos é de certa forma um produto do que foi vivido, aceito como normal, institucionalizado.
O pai que queremos, poderá ser aquele que incorpore os avanços ocorridos no decorrer do tempo em nossa sociedade.
Por conseguinte o novo modelo de pai só será alcançado pelas novas gerações, pois as mais antigas não terão tempo suficiente para incorporar.
Passemos a valorizar o que de bom nós foi ofertado, ao mesmo tempo em que entendamos os erros ocorridos... E o mais importante, caminhando juntos rumo ao futuro, experiência e inovação unidas será a chave do progresso social.
Valores éticos precisam ser resgatados, somados aos valores presentes neste momento de modernidade em que todos vivemos...
A valorização do gênero masculino deve sim ser incorporada, vivida! Mas esta não pode ser apenas levada a toque de modismos, nem cunhadas como reflexos de políticas de governo e que precisam ser naturalmente criadas para serem naturalmente vivenciadas!
Características naturalistas no gênero masculino não podem ser usadas como empecilho para que ocorram mudanças, e outras deterministas, também não devem interferir neste processo, que neste momento caótico está á espera de um entendimento maior, para desenvolver-se.
Um pai como entendo é assim sujeito a todas estas influências e que tem sobre si toda esta problemática, mesmo que não se aperceba disso...
Olhar o dia dos pais com esta ótica, em nenhum instante turva a imagem do pai que tive; presente o quanto pode, atuante, masculino... Pai, direcionador de meus caminhos! Ao qual rendo homenagens, e do qual tomo experiências para afinar meus passos...
Um tipo de paternidade que foi assumida por muitas mulheres, somada com sua maternidade, uterina, inquebrantável.
Um problema a mais a pesar nesta balança é o fato de muitos homens não terem entendido a importância que assumiram quando também conceberam vidas, problema que se soma á crescente onda de gestações oriundas de relacionamentos deficitários em ética, auto-valorização e responsabilidade.
Um bom pai começa com um homem que se valoriza e que valoriza a sua parceira! Uma paternidade responsável começa quando o gênero masculino suplanta certos naturalismos e luta contra certos determinismos... Ser masculino não pode ser ater-se á características biológicas e nem refém a determinismos de modismos, praticas grupais...
Considerações feitas, desejo que este dia dos pais seja pleno de alegrias, comunhão e paz!
Lembrando que os péssimos exemplos que a mídia nos oferece diariamente não devem referendar nossas decisões... Existem exemplos maravilhosos de paternidade e de maternidade que não dão ibope! Mas isso é de menos importância, pois, importante mesmo é que amemos o pai que temos, e que sejamos o pai que queríamos ter, para os nossos filhos, pois penso que ninguém tem como mudar as pessoas, se elas mesmas não desejarem tal mudança... Saber conviver com as diferenças, sem perder a autonomia do próprio pensamento e sentimentos é uma das chaves para alcançarmos uma plena comunhão...
Edvaldo Rosa
09/08/2011
www.sacpaixao.net
Edvaldo Rosa
Enviado por Edvaldo Rosa em 09/08/2011
Alterado em 06/10/2011