Vou sulcando a tez da folha com o premer da pena, imprimindo minh'alma, a exprimir sentimentos... Vou sulcando a terra branca, e com as pontas dos dedos vou semendo poemas... E o que nascer daí, sentimento, pensamento, incertezas, será apenas o corpo da planta, que os olhares alheios, farão crescer ou morrer! Meus poemas in branco vão sendo refletidos pelos olhares d'outros, e assumindo outras cores... E se tingirem-se de rubra cor, será d'outros corações, d'outras mentes, d'outros sentires, d'outra saudade de amor! Se refletirem o sol n'outras paragens, meus poemas in branco leito, serão espelhos para outras almas, e para as luzes em seu seio... E assim vão se tocando almas, amores escondidos em outros peitos, as lágrimas em outros olhos, que tem em comum uma só nascente... Sentimentos!