Estranho poesias como coisas...
Estranho, quem pensa poesia como coisa,
Como mato, como grama, que viceja em todo canto!
Que não a vêem como um encanto,
Como um fruto de um sorriso,
Dum pranto, um pungente lamento,
Um grito de salvação ou espanto!
Estranho, quem pensa poesia como coisa,
Não como uma colheita,
Duma árdua semeadura pretérita!
Um fruto de almas em evolução...
Estranho, sem dever estranhar!
Já nasceram poesias das pedras encontradas no caminho,
Em anúncio de jornal!
Mas, estranho assim mesmo,
Sismo, pois a poesia para mim,
É um ser!
Encantado, divinal!
Que evola das minhas estranhas,
Por vontade própria...
E voa...
Para mais longe de meu horizonte normal!
Edvaldo Rosa
www.sacpaixao.net08/04/2011