Basta deste verão infindo, que abrasa meus instintos, que traz aos meus sentidos, miragens de deserto... Solidão! Resgate-se em mim, o calor daqueles invernos mornos, em que a dois ao pé do fogo, dadas as mãos, entre abraços, eramos por inteiro um do outro! Resgate-se aquelas palavras murmuradas entre beijos... Bocas roçando nossas orelhas, brincantes com nossos ouvidos... A entoar palavras doces, a falar de nosso amor louco, palavras soltas sem tempo, sem pressa... Sem pressa de perderem-se em nós! Resgate-se os olhares languidos, com os quais mapeavamos nossos corpos... Basta dessa distância, louca, que traz secura a minha boca, sedenta pela tua boca, louca pelos seus beijos... Resgate-se teu corpo, que me aconchegue em seu abraço, que mate meus desejos sem pressa, e que com loucura apague a minha loucura por amor, de amar! Meu amor, sacia a minha fome de amor... Onde estás?!