AMANTES...
Meu corpo me trai,
Atrai-se pelo teu,
E me faz perder o rumo...
E os caminhos se confundem,
Se fundindo demais...
Vou seguindo para frente,
Longe dum encontro entre a gente,
Mas quando percebo,
Quando vejo,
Caminhei foi para trás!
E estou entre teus braços e teus beijos,
Sonhando de novo, sonhando demais...
Que prisão é esta? Tão deliciosa!
Que corrente é esta? Que me pesa no peito,
Mas que vejo, mas que percebo tão leve...
E que me leva, e que me arrasta, e que me ata a teu corpo,
A teu ser, que me beija, que me abraça...
Que arranca de minhas entranhas, via boca, via garganta
Suspiros e ais...
Só para depois, dizer-me que não me ama,
Que só me deseja em sua cama,
Que nem é para mim sonhar com um algo mais...
Nossos corpos se atraem...
O meu me trai e engana!
Lança-me em teus braços e em tua cama,
Num mundo de sentimentos, sem sentido
Que faz de mim um ser cativo,
Sem liberdade, sem paz!
Edvaldo Rosa
19/02/2010
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Edvaldo Rosa
Enviado por Edvaldo Rosa em 19/02/2010
Alterado em 28/02/2010