O amor se constrói e se molda, Não como coisa, Mas como aceitação e renúncia... Como doação e oferta! Não se constrói o amor com qualquer matéria sólida... Nem se molda o amor com fórmulas e fôrmas... O amor aceita encantos, Mas não aceita qualquer adereço... O amor necessita, sim, do calor de corpos... D’um calor que se propague e incendeie! Um calor que não se consuma em si mesmo! O amor se constrói com mais amor... O amor se molda com mais amor, Que transforma a sua forma de ser, Mas não modifica o seu sentido! O amor não pode ser um amor de plástico, Sólido, elástico, multiforme, estéreo... Frio e estático! O amor é fluido, O amor é alma! O amor é tanto sentimentos, quanto sentidos, únicos e unidos...