Refuto a idéia de que poesias são palavras, Palavras apenas, em cadeia! Que dizem apenas o que dizem como signo, Sem maior valia!
Reflito sobre ela, A procurar-lhe os sentidos... Perco-me entre elas, Descortinando nelas o meu destino...
Refaço em seus traços, os meus caminhos, Os passos dados no mundo... Descaminhos... Os passos internos, que me animam! E assim vou coexistindo comigo mesmo!
Escrevo assim minha vida, me reescrevo... Vou notando o mundo em meus diários versos esparsos! Traços de meu existir! E ser! E ter... Vou com a minha poesia, procurando alegrias...
Procurando uma cura para as mazelas minhas... Procura que dá sentido ao meu ser! Que definiu a maneira de meu viver... E a forma derradeira, definitiva sem o ser, de morrer!