Eu conheço bem este espectro, Que me assola a noite inteira! Fixo espectro na noite passageira, Que passeia com os dedos Pelo meu corpo inteiro, Que bolina com meu sexo, Vindo de um refluxo da memória! Quanto já não estivemos frente a frente? Olhos fixos nos olhos, Lábios colando-se loucamente... Quanto nossos braços, não foram laços, Tão doces quais enfeite... Tão fortes quais correntes! Quanto os nossos corpos não se deram, Como se ofertaram nossos sentimentos E nossas mentes? Eu conheço bem este espectro... Lembrança em que me abandono, tão somente! Já vivemos isto! Tudo hoje é passado... Lembrança do amor então sentido, Que hoje na memória de minha mente E de meu corpo, resta um pouco, Por ser um amor mal acabado!