Olho o mar como a um espelho, Reflete o meu olhar o mar, Nas vagas que me beijam os pés! Quero sentir com eles, O sal das minhas lágrimas, Que derramei de sol a sol! Um sal diluído, Purificado, Arrependido, De seus pecados... Numa forma nova, de ser, menos sal! Ao mar volto o olhar, Ás suas vagas, Á arrebentação... Como a me lembrar de toda a força, Empreendida em minha jornada, Na busca de não ser tão só! Os olhos fitam, fixos as lâminas d’água, Libertos de tristezas e mágoas, Fitam o mar com calma... Estou cara a cara comigo, Mistério de ser homem, Natureza de forças opostas, Colocadas frente a frente! Olho nos olhos o mar que me olha, O finito fitando o infinito, Naturezas opostas...