Ando como um fantasma pela casa deserta, É tão incerta a minha parada, Quanto o são as estradas, Para meus passos incertos... A hora é alta, madrugada, Meu sono perdeu-se nas horas passadas, E agora, eu que tinha tudo, não tenho nada! Temo nas próximas horas, As luzes que se acenderão sobre mim, Cobrando decisões e direções... Ando de um lado a outro da casa, Como um prisioneiro numa cela... Doem-me as costas, atrofiadas, imaginárias asas... Desejosas dos céus de outras terras! Cale-se a dor, Findem-se os pensamentos, Tranquem-se os sentimentos, Num compartimento Mais profundo do meu coração! Pois não há nada! Na deserta casa, sou um fantasma, Cujas paredes caladas, Delimitam o espaço de minha solidão!
Leila Mustafa Cury
Então, Edvaldo, a solidão é um bicho e temos de enfrentá-lo com nossa criatividade, assim como você fez com seu belo texto. Parabéns e prazer em conhecê-lo... Até, uma bela noite prá você!!!!
Ps:convido você a ler meu poema presença na ausência.. Bjs...
João Bosco Santos
Belo poema, a solidão é dolorida porem inspira grandes gênios! Parabéns.
Ana Luz
Adorei seu texto umpouco melancólico mais lindo. Beijinhos