Quase choro, desespero! Arregalo os olhos, de tanto pranto... Quase enlouqueço! Quase me perco... Nos tantos tropeços, que meus passos deram no espaço do caminho! Quase que me esqueço, de mim mesmo! Do que trago dentro do peito! Dos meus desejos... Dos meus anceios! Quase que me enterro, vivo... Morto vivo daqueles filmes de terror barato! Quase que eu me nivelo por baixo... No rés da terra... Onde só pó se despreende! Só! Quase que me entrego, me imolo, num altar profano! Um quase, foi tudo do que precisei, para não ser, o não ser! Eu precisei encontrar você! Num encontro que tinha tudo, tudo para não acontecer! Precisei de um acaso, se é que acasos podem ocorrer! Precisei encontrar em você, olhos nos olhos, o toque das peles... O som das palavras... E os silêncios entre elas! Como um quase pode ser tanto? Como que por acaso mudam-se rumos... Transforma-se em sorrisos o pranto! E o quase viver em vida, que traz tanto medo de morrer?