Abri os olhos uma vez mais, cerrados, - Persiana ante o sol, não via toda a luz, nem permanecia numa plena escuridão! Aberto olhar, olhos doendo, a luz, - Agulhas afiadas, foi penetrando-me, inteiramente! Uma vez mais inundado, - Barragem rompida, vi serem largos os espaços, inundados pela nova luz da vida! As lágrimas até ainda a pouco, tão plenas... Agora, nada mais do que lembranças! A dor até a pouco tão aguda, -Agora afunda, naufraga, na luz nova da vida! Mais uma vez tenho os olhos abertos... Veem os desafetos e os afetos ás retinas! Se não posso mudar o que me trazem as marés, sigo nelas... O barco é certo, a rota é que muda, - A cada dia! É bom ter os olhos, novamente, abertos... - Se morrer, morro vivo! O nascer dum morto, não sei conceber... -Impossível!