Pouco, muito pouco temos nos dado, parecemos dois estranhos vivendo num mesmo espaço... Esquecemos tanto, das flores de nossos primeiros encontros, esquecemos seus perfumes evolados, suas pétalas macias e delicadas, só sabemos dos espinhos, que teimamos em fincar em nossos corpos... Que dia após dia, enterramos mais fundo, bem fundo em nossos corações tão doridos! Temos encarnado a loucura dos que morrem, não temos culpas pela nossa desventura! E assim vamos findando... Tenho em mim um último alento de esperança: Peço-lhe um instante, mais um instante... Pensemos... O quê fizemos de errado? Tenhamos coragem para responder esta questão urgente! Antes que a gente perca nosso futuro tão sonhado, e nosso amor perca o apoio do que já tem vivido, e de tão tênue em nós já nem se lembre que existiu no passado!