Enseta amar-me com ternura e desvelo,
mas dá-me prantos e amarguras,
desse amor quanto tenho sentido medo,
tem horas que desejaria não senti-lo!
Douras as grades de meu carcére
com carinhos e beijos,
ao mesmo tempo que em teu olhar,
há o reflexo frio das chaves de meu cativeiro,
que guardas entre os teus dedos!
Cismo em ti e em mim
que o mesmo sentimento não arde!
Como é possivel tanto conflito num mesmo sentimento?
Perco as forças e as vontades,
procurando entender em nosso amor
as mentiras e as verdades!
Antes que a chama que em nosso peito arde
morra...
Antes que todo o sonho não vire realidade,
e a vida se transforme num enorme pesadelo...
Um tormento só rezando para que acabe!